28 out Nem sempre é o que está no currículo que define o rumo de uma carreira.
Falávamos sobre decisões difíceis, mudanças de rota, entregas silenciosas que poucos veem.
Ele descrevia suas experiências com a naturalidade de quem já enfrentou contextos relevantes para o negócio — sem ênfase, sem vitrine.
Tentei entender o que, ao longo do tempo, fez diferença em sua trajetória. A resposta veio com leveza:
“Talvez tenha sido sorte”, seguido pelo sorriso contido como quem recorre ao velho clichê para escapar da explicação.
Mas, conforme ele seguia, os vetores mais consistentes começaram a surgir:
A curiosidade que não se acomodou.
A iniciativa de assumir responsabilidades antes mesmo de serem oficialmente suas.
A consciência de que pensar o todo vai além de entregar a parte.
O discernimento nas escolhas, mesmo quando as rotas não eram óbvias.
A resiliência que se impôs em inúmeras decisões.
E o olhar atento para as pessoas, não como recurso.
Havia coerência entre o que era dito e o que se percebia nas entrelinhas.
Presença mais do que discurso.
Algumas respostas não precisam ser ditas.
Elas se revelam na forma como a história é contada e, principalmente, na forma como foi vivida.
Por: Alexandre Kalman