A transição como cartão de visita

A transição como cartão de visita

Em um processo recente, a atenção não esteve na negociação de pacote ou no desenho da posição, mas na forma como o candidato decidiu encerrar sua etapa anterior.

A nova empresa tinha expectativa de rapidez, mas ele conduzia entregas relevantes e optou por concluir o que havia iniciado antes de assumir o novo desafio. Uma escolha que reforçou o que muitas vezes pesa mais do que prazos: a capacidade de sustentar compromissos.

Esse gesto projeta maturidade. Mostra que reputação não se constrói apenas pelos resultados alcançados, mas também pela forma como se encerra um ciclo.

Negociar tempo é legítimo em qualquer nível de senioridade. O que marca a diferença é se a transição transmite responsabilidade ou conveniência. Quando ela é feita com consistência, todos se beneficiam: a empresa que o profissional deixa, a que o recebe e o próprio executivo, que preserva seu legado.

Saídas bem conduzidas minimizam ruídos significativos e dizem mais sobre liderança do que muitos discursos de entrada!

 

Por: Alexandre Kalman