28 out Processos seletivos em fases críticas – quando a agenda trava.
Estamos em plena temporada de orçamento. Reuniões se acumulam, planilhas são revisadas sem descanso e decisões estratégicas passam a consumir quase toda a agenda dos executivos — sobretudo na área financeira.
O mesmo acontece em Operações durante ciclos de S&OP, em Marketing e Vendas no auge de campanhas, em TI diante de um go-live ou em RH nos períodos de avaliação e bônus.
São fases inevitáveis que têm impacto direto sobre a condução de processos seletivos.
Para quem já ocupa posições estratégicas, participar como candidato nesse contexto é um exercício de priorização constante. O dilema não é falta de interesse, mas a dificuldade de equilibrar responsabilidades atuais com a possibilidade de um próximo passo de carreira. Um desafio silencioso, mais comum do que se imagina — e quase sempre invisível para quem olha de fora.
Do lado das empresas, esses momentos exigem transparência. Explicar desde o início que as decisões podem se alongar, redesenhar etapas para evitar idas e vindas e, sempre que possível, concentrar entrevistas em blocos são medidas que preservam o ritmo do processo e fortalecem a percepção positiva. Sem isso, o processo corre o risco de perder cadência — e até os melhores candidatos.
À consultoria cabe interpretar o contexto de cada parte envolvida e ajustar o compasso.
Garantir comunicação regular mesmo quando não há novidades, antecipar restrições de agenda e manter alinhamento constante entre candidatos e clientes não elimina a complexidade, mas reduz a ansiedade e demonstra respeito pelo tempo de todos.
Essas fases sempre estarão presentes. O que faz diferença é a forma como empresas, candidatos e consultoria gerenciam expectativas e mantêm a fluidez.
Quando cada lado compreende a dinâmica, o recrutamento avança de maneira mais estratégica, com menos ruído e resultados mais sólidos.
Por: Alexandre Kalman