“Vamos profissionalizar.”

“Vamos profissionalizar.”

A frase é direta.
Mas nem sempre vem acompanhada da mesma clareza na prática.

Cria-se uma diretoria. Contrata-se um executivo sênior. Troca-se o sistema.
Tudo isso pode sinalizar avanços. Mas não garante mudança real.

Profissionalizar exige reordenar decisões, redesenhar espaços de influência e, em muitos casos, abrir mão do que sempre funcionou “no improviso”.

Nem toda empresa está pronta.
Nem todo líder está disposto a seguir até onde a mudança realmente exige.

Do outro lado, há o executivo.
Chega empolgado com o discurso de transformação, mas encontra um ambiente ainda guiado por lógicas antigas.

É mais comum do que parece!

Por isso, antes de aceitar o desafio, vale observar com atenção os sinais mais sutis:
– O quanto a agenda estratégica está, de fato, aberta à influência externa?
– O quanto a liderança está disposta a abdicar do controle informal?
– E, acima de tudo, até onde a organização está disposta a ir quando a mudança começa a doer?

As respostas a essas perguntas podem evitar desalinhamentos.
E ajudar a transformar o discurso em prática.

O que sustenta a profissionalização não é a promessa.
É a disposição em bancar as escolhas quando elas deixam de ser confortáveis.

 

Por: Alexandre Kalman